TURISTAS DA JMJ RECLAMAM DE ÔNIBUS LOTADO NO RIO


Ônibus cheio: passageiros pediam para motorista parar no ponto somente para desembarque (Foto: Gabriel Barreira/G1)

19/07/2013 18h21 - Atualizado em 19/07/2013 18h59

Os turistas da Jornada Mundial Juventude experimentam dia de 'sardinha em lata' em ônibus no Rio. Enquanto feriados não começam para desafogar cidade, coletivos lotam. 'São poucos e passam com pouca frequência', lamentou um argentino.

Os feriados concedidos pela Prefeitura nos dias 25 e 26 julho por conta da Jornada Mundial da Juventude ainda vão longe, mas os turistas já começaram a desembarcar no Rio para a festa religiosa. Enquanto a folga no calendário não começa para desafogar a cidade, os gringos sentem na pele o dia a dia do carioca.
Depois de visitarem o Cristo Redentor, dezenas de peregrinos argentinos voltaram num ônibus lotado da linha 569 para o colégio onde estão hospedados, no Jardim Botânico. Sem espaço para todos os gringos no transporte público, alguns ficaram no meio do caminho. "Todos os ônibus que tomamos estavam assim, muito cheios", lamentou o argentino David Perez, de Rosario.

á habituados com os apertos do cotidiano no Rio, os turistas usaram a mesma válvula de escape dos locais: o bom humor. O ônibus foi enchendo e passageiros gritavam para os outros se aglomerarem no fundo do coletivo. Namorados sentaram no colo um dos outros. Durante parte da viagem, os turistas cantaram músicas em homenagem ao papa Francisco e ao Brasil.
Apesar da animação dos religiosos que aproveitam as férias e os passeios turísticos na "Cidade Maravilhosa", o grupo já via pontos negativos na estadia."Vi pouca polícia na rua", disse Emmanuel Cañei, que concentrou suas críticas no transporte público. "São poucos coletivos e eles passam com pouca frequência".

Nem tão felizes assim, trabalhadores gritavam para o motorista só parar para o desembarque, por não haver espaço para mais nenhum passageiro. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Rio Ônibus, mas não obteve retorno, e com a empresa São Silvestre, responsável pela linha, que não tinha ninguém para falar sobre o caso.

O grupo que ainda vai visitar a Praia de Copacabana, o Pão de Açúcar e o Maracanã sentiu falta de guias turísticos. Durante a viagem de volta para o abrigo improvisado, David Perez salientava que o povo é muito solícito, mas faltam informações sobre como chegar nos lugares, já que quase nenhum motorista ou cobrador fala espanhol e inglês.
O ônibus já passava do ponto quando o repórter perguntou a Perez se não era no Jardim Botânico que eles desceriam. Só então soube que precisava descer. Às pressas, gritou para o grupo e todos saltaram.